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Sei que o assunto é dos mais debatidos mas é importante realçar que os direitos dos animais neste mundo são esquecidos. Aliás, arrisco dizer que nem sequer são sabidos. E tão mau é o que abandona como o que não auxilia um animal carenciado.

Com a nova medida imposta pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa (entrará em vigor em Janeiro) que proíbe o abate de animais em canis e com a lei, já em prática há alguns anos, que pune com prisão os que maltratam os animais parece que o mundo está a caminhar no sentido certo. No entanto, na prática a teoria não corresponde ao esperado porque os canis estão lotados e em todas as chamadas que fiz nunca ninguém cumpriu o seu dever. As instituições são a solução mais favorável e a que possibilita um futuro melhor aos animais que por ali entram, mas para além de não terem ajudas financeiras pela parte do estado, os fundos comunitários que recolhem são insuficientes face aos gastos quem têm. Quanto aos voluntários são escassos e os ‘clientes’ são difíceis de agradar porque muitos procuram cães de raças, outros que os devolvem com as justificações mais insólitas de sempre e ainda existem aqueles que os entregam às ruas.

A lei internacional dos direitos dos animais defende tantos aspectos quantos aqueles que ninguém coloca em vigor. Os casos de maus tratos animais são esquecidos e arquivados no meio da justiça e até a polícia influencia as testemunhas a não apresentarem queixa pois não há nada a fazer.

O artigo número 1,por exemplo, defende que todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência é completamente contrariada pela lei que obriga a esterilização de animais perigosos bem como uma série de regras que impõe aos donos. 

Mas como para bom entendedor meia palavra basta, deixo-vos aqui os artigos da lei que protegem os direitos dos animais e lanço o desafio de refletirem sobre eles.

Já agora para quem tiver interesse em adotar um cão de porte médio, jovem, branco com manchas castanhas (parecido com um epagneul breton) entre em contacto comigo pois o pequenote foi abandonado na minha rua, é alimentado pela comunidade daqui mas com o frio rigoroso a aproximar-se vai ser muito difícil abrigar-se, o canil também foi contactado por diferentes pessoas mas sem sucesso. Infelizmente, não posso ficar com ele porque os meus dois anfitriões não são muito simpáticos com outros cães e não tenho maneira de o ajudar sem ser dando comida e tentar que não seja atropelado. Com a carinha que ele tem tenho a certeza que vai ser um melhor amigo dedicado e fiel.