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Shi

Mataram El-Rei | 1 de Fevereiro de 1908

Shi, 01.02.20

Regressavam de Vila Viçosa após uma temporada de diversão no Palácio de Caldo, os relógios marcavam pouco mais das 5 e meia da tarde daquele dia 1 de fevereiro de 1908. Na entrada da ala poente do Terreiro do Paço, assassinaram o rei D.Carlos e o príncipe herdeiro, sem dó nem piedade.

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Muito falamos em datas históricas contudo o regicídio de 1908 nunca merece uma publicação à altura. Foram precisos quase 770 anos de monarquia portuguesa para matarem um rei em plena hasta pública. Na época foi o acontecimento mais mediático e esta notícia correu o mundo sendo que surgiram várias versões. Hoje trago-vos aquela que os livros me contaram!

 

 

1910, 5 de outubro

Shi, 05.10.17

5 de Outubro de 1910, não consigo deixar passar esta data em branco e este ano, não é excepção. Desta vez, partilho convosco um excerto do diário da Rainha D.Amélia que pode ser encontrado na Torre do Tombo, em Lisboa, ou numa edição da Leya com o nome “As memórias secretas da Rainha D.Amélia”. Este diário foi doado pela casa de Bragança ao governo português, após a morte da rainha, e depois recuperado nos aposentos de Salazar após o 25 de Abril. 

Antes do diário, deixo-vos aqui esta relíquia que também pode ser vista na Torre do Tombo. 

 

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“‘D.Maria Pia acrescentou, raivoso como um chacal, eu desculpava este povo que também era meu, assim o ensinaram a sobreviver, nunca o dinheiro vindo dos banqueiros europeus lhe tocou, dispersou-se entre as cliques dos partidos, a elite dos patrões cominados com os políticos porosos como melancias, melancias podres… os deputados e dos pares do reino e da puta que os pariu, todos em casa a tremer a rabeira, abandonam o rei à sua sorte, os que tinham pouco querem mais, são os que nos expulsam, às duas rainhas de Portugal, não os que nada têm, esses são (…) o povo, que enche os comícios, marcha nas manifestações e morre na rua pelos poderosos de cada momento, os que já têm querem mais, já têm dinheiro, fortuna, capital, prestígio, ambicionam agora o poder e a nobreza do cargo, são os republicanos (…)”